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Gaeco faz operação para desarticular organização criminosa em Itaberaí.

Hoje a cidade de Itaberaí amanheceu bem agitada, logo de manhã circulava nas redes sociais fotos de viaturas em frente à prefeitura municipal da cidade e também em várias casas, segundo informações do ministério público de Goiás, vários mandatos de busca e apreensão foram feitos na cidade de Itaberaí, Goiânia e Aparecida de Goiânia. A operação tem como objetivo apurar o desvio na saúde onde quase dois milhões de reais, teria sido repassado para uma clínica particular aqui da cidade, e outros quase r$ 500.000,00 repassados para quatro funcionários da mesma clínica, além de apurar denúncias de atendimento irregular durante a reforma no hospital municipal onde pessoas estariam internadas em acomodações impróprias.

Veja a seguir matéria divulgada pelo próprio Ministério Público do Estado de Goiás

O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta quarta-feira (7/10) a Operação Esculápio, cujo objetivo é desarticular uma organização criminosa, instalada na administração pública do município de Itaberaí, responsável pela indevida postergação e não conclusão das obras de reforma e ampliação do Hospital Municipal Dr. Gilberto da Silva Caldas. A operação tem o apoio das Polícias Militar e Civil.

Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão temporária nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Itaberaí, além do bloqueio de bens dos investigados. A expedição dos mandados foi feita pela juíza Placidina Pires, titular da Vara Estadual de Combate às Organizações Criminosas.

Os crimes investigados vão desde as fraudes nas licitações das obras de reforma e ampliação do hospital municipal até o desvio de verbas públicas municipais e a lavagem de capitais, bem como o crime de organização criminosa.

O caso
Relatório Técnico da Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás (Suvisa) mostra que, mesmo após o início das obras, e em situação bastante precária, o hospital continuou fazendo internações. Além de uma estrutura física incompatível com as atividades realizadas no estabelecimento, havia pacientes graves aguardando vagas de unidade de terapia intensiva (UTI), em um local sem as condições mínimas exigidas pelo Ministério da Saúde (Portaria 2048/2002/MS).

Para a Suvisa, “o estabelecimento não possui condições estruturais e funcionais para a realização de um serviço de saúde”, o que se agravou ainda mais com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Conforme apurado, uma das prováveis causas para a postergação na conclusão das obras do hospital foi o direcionamento dos exames de raio X, ultrassonografia e mamografia para uma clínica particular da cidade, que recebeu do município a quantia de R$ 1.889.669,68, bem como o valor de R$ 453.417,04 referente à mão de obra de quatro técnicos de enfermagem, no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2018. Os valores são superiores ao da própria obra, orçada inicialmente em R$ 2.187.970,00. (Texto: Gaeco / Edição: Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)

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